{[( )]}
Thiago Honório
2016
Isbn 9788567769073
160 páginas
32 x 42 cm
Português
500 exemplares numerados
Prêmio ProAC
Seleção
Festival Zum de Fotolivros 2017
Instituto Moreira Salles
[ESGOTADO]
Thiago Honório
Carmo do Paranaíba, mg, 1979.
Vive e trabalha em São Paulo.
Representado pela galeria Luisa Strina.
Individuais recentes: Solo, Luisa Strina [São Paulo, 2017]; Trabalho, masp [São Paulo, 2016]; Títulos, Paço das artes [São Paulo, 2015].
O artista é obcecado pelo acúmulo e inventário de objetos carregados de história e costuma trabalhar com o que chama de “transplante de superfícies”. Em {[( )]}, caixas de diversas épocas e procedências formam um livro livre.
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O mais profundo é a pele.
Paul Valéry
“Uma ênfase na noção de superfície, partindo da célebre frase de Paul Valéry (1871-1945), bem como uma reunião de temporalidades distintas, são ideias caras à produção de Thiago Honório e que podem ser percebidas em trabalhos do artista como Documents (2012), Prêt-à-porter (2013) ou Penca (2014), por exemplo. Nota-se, claramente, os procedimentos de coleção, apropriação, corte, montagem, seriação, edição, triagem e montagem nesses trabalhos a despeito de diferentes linguagens. Tais noções também podem ser compreendidas no conjunto da produção do artista como elementos recorrentes nela, apresentando-se deste ou daquele modo, neste ou naquele trabalho, adquirindo esta ou aquela fisionomia, por assim dizer, não abrindo mão de um livre trânsito entre as linguagens.
{[( )]} – entre chaves, colchetes e parênteses – não deixa de acentuar um trânsito entre dentro e fora, entre aquilo que se guarda ou se perde para sempre. O arranjo também pode ser entendido como uma “pintura” revelada pela variedade de cores e de superfícies que revestem o interior e o exterior desses estojos, caixas e mostruários. São superfícies diversas: papel, madeira, metal, couro, camurça, cetim, linho, veludo e seda de variadas estampas e cores: azuis, violetas, púrpuras, laranjas, verdes, entre outras.
O livro-obra {[( )]} apresenta, então, a partir de suas dobras e vincos, uma espécie de jogo de alternâncias e contrastes sucessivos entre superfícies gastas e novas, que também revelam, pelas suas cavidades, baixos-¬relevos e reentrâncias, um vazio: a ausência do objeto. Este projeto pode ser compreendido, ainda, como um desdobramento, no sentido mais estrito do termo, de trabalhos anteriormente realizados pelo artista.
Como se sabe, há muito o livro tomado como lócus de produção de uma outra experiência espaço-temporal tem sido explorado por diversos artistas. O livro-obra {[( )]} retomará essas questões a partir de uma reunião de temporalidades distintas – um mostruário vazio de 1840, por exemplo, convivendo ao lado de outro de 2015 – que ele traz em seu corpo, convocando-as a um debate.”
Thiago Honório
Carmo do Paranaíba, mg, 1979.
Lives and works in São Paulo.
Represented by the gallery Luisa Strina.
Latest solo shows: Solo, Luisa Strina [São Paulo, 2017]; Trabalho, masp [São Paulo, 2016]; Títulos, Paço das artes [São Paulo, 2015].
The Artist is obsessed with storing up and stocking objects full of stories, and he is used to working with what he calls “surface transplant”. In {[( )]}, boxes from several times and origins form a free book.
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